quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Capacidade do cérebro é muito maior do que se pensava




Como mo sempre acontece na ciência, as coisas são sempre mais complicadas do que pareciam à primeira vista.

Um grupo internacional de pesquisadores acaba de descobrir que o cérebro possui um "poder computacional" muito maior do que eles calculavam.

Os cientistas gostam de comparar o cérebro humano com um computador, no qual os neurônios seriam os "transistores" com os quais são construídos os processadores.

Neurônios são células nervosas de cujo corpo central derivam um axônio, a parte mais longa, e dendritos, uma teia com numerosas ramificações.

As teorias atuais afirmam que os axônios "disparam" - liberam cargas elétricas - para que os neurônios comuniquem-se uns com os outros. Tudo o que o cérebro faz seria resultado dessas interações interneurais, as chamadas redes neurais.

Os dendritos, por sua vez, seriam apenas fios de interligação, sem nenhum papel ativo.

Contudo, uma equipe do Reino Unido e dos Estados Unidos acaba de descobrir que os muito mais numerosos dendritos também "disparam", fazendo suas próprias computações de forma autônoma.
Capacidade do cérebro é muito maior do que cientistas pensavam
Os dendritos têm seu próprio poder computacional, mostrando que o cérebro é muito mais complicado do que se imaginava. [Imagem: Biosferas/UNESP]

Capacidade do cérebro é muito maior do que cientistas pensavam
Os dendritos têm seu próprio poder computacional, mostrando que o cérebro é muito mais complicado do que se imaginava. [Imagem: Biosferas/UNESP]
Cálculos cerebrais

Os resultados desafiam o paradigma atual das neurociências de que os cálculos cerebrais são feitos apenas por um grande número de neurônios trabalhando em conjunto, demonstrando como componentes básicos do cérebro são dispositivos computacionais excepcionalmente potentes.

"Os dendritos atuam como dispositivos de computação em miniatura para detectar e amplificar tipos específicos de sinais de entrada," disse o professor Michael Hausser, orientador do estudo.

"Esta nova propriedade dos dendritos adiciona um novo elemento importante para a 'caixa de ferramentas' computacionais do cérebro," concluiu ele.

Ou seja, mesmo a nova descoberta não foi suficiente para que os cientistas escapassem de seu mecanicismo e mudassem sua concepção do cérebro como uma máquina, cheia de peças e ferramentas.

Fonte de Pesquisa-Diário de Saúde

Capacidade do cérebro é muito maior do que se pensava




Como mo sempre acontece na ciência, as coisas são sempre mais complicadas do que pareciam à primeira vista.

Um grupo internacional de pesquisadores acaba de descobrir que o cérebro possui um "poder computacional" muito maior do que eles calculavam.

Os cientistas gostam de comparar o cérebro humano com um computador, no qual os neurônios seriam os "transistores" com os quais são construídos os processadores.

Neurônios são células nervosas de cujo corpo central derivam um axônio, a parte mais longa, e dendritos, uma teia com numerosas ramificações.

As teorias atuais afirmam que os axônios "disparam" - liberam cargas elétricas - para que os neurônios comuniquem-se uns com os outros. Tudo o que o cérebro faz seria resultado dessas interações interneurais, as chamadas redes neurais.

Os dendritos, por sua vez, seriam apenas fios de interligação, sem nenhum papel ativo.

Contudo, uma equipe do Reino Unido e dos Estados Unidos acaba de descobrir que os muito mais numerosos dendritos também "disparam", fazendo suas próprias computações de forma autônoma.
Capacidade do cérebro é muito maior do que cientistas pensavam
Os dendritos têm seu próprio poder computacional, mostrando que o cérebro é muito mais complicado do que se imaginava. [Imagem: Biosferas/UNESP]

Capacidade do cérebro é muito maior do que cientistas pensavam
Os dendritos têm seu próprio poder computacional, mostrando que o cérebro é muito mais complicado do que se imaginava. [Imagem: Biosferas/UNESP]
Cálculos cerebrais

Os resultados desafiam o paradigma atual das neurociências de que os cálculos cerebrais são feitos apenas por um grande número de neurônios trabalhando em conjunto, demonstrando como componentes básicos do cérebro são dispositivos computacionais excepcionalmente potentes.

"Os dendritos atuam como dispositivos de computação em miniatura para detectar e amplificar tipos específicos de sinais de entrada," disse o professor Michael Hausser, orientador do estudo.

"Esta nova propriedade dos dendritos adiciona um novo elemento importante para a 'caixa de ferramentas' computacionais do cérebro," concluiu ele.

Ou seja, mesmo a nova descoberta não foi suficiente para que os cientistas escapassem de seu mecanicismo e mudassem sua concepção do cérebro como uma máquina, cheia de peças e ferramentas.

Fonte de Pesquisa-Diário de Saúde

terça-feira, 1 de outubro de 2013

"Você e eu somos um" é bem mais do que poesia

Seu cérebro parece preparado para lhe ajudar a ter empatia.
Ou, ao contrário, a empatia parece ser uma emoção tão forte, que ela aparece claramente no cérebro.
Usando neuroimagens, cientistas descobriram que nosso cérebro usa os mesmos "canais" quando pensamos em nós mesmos e quando pensamos em pessoas que nos são caras, como cônjuges, companheiros e amigos.
"Com a familiaridade, outras pessoas se tornam parte de nós mesmos," diz James Coan da Universidade da Virgínia.
"Nosso self inclui as pessoas de quem nos sentimos próximos. Em outras palavras, a nossa autoidentidade é amplamente baseada em quem conhecemos e com quem simpatizamos," completou.
Você e eu somos um
Coan e seus colegas submeteram voluntários a exames de ressonância magnética de seus cérebros durante experimentos nos quais havia a ameaça de receber choques elétricos leves - os choques podiam ser dirigidos ao próprio voluntário, a um amigo ou a um estranho.
Como esperado, quando o risco de choque é para si mesmo, as regiões do cérebro responsáveis pela resposta à ameaça - a ínsula anterior, putâmen e giro supramarginal - tornaram-se ativas.
Quando a ameaça de choque era feita a um estranho, essas regiões do cérebro apresentaram pouca atividade.
Contudo, quando a ameaça de choque é feita a um amigo, a empatia entra em ação: a atividade cerebral dos participantes mostrou-se essencialmente idêntica à atividade apresentada quando a ameaça era a eles próprios.
"A correlação entre o self e o amigo foi incrivelmente semelhante," disse Coan. "Os resultados mostram a notável capacidade do cérebro de modelar o self aos outros; que as pessoas próximas de nós tornam-se uma parte de nós mesmos; e que isto não é apenas metáfora ou poesia, é algo muito real.
"Literalmente, estamos sob ameaça quando um amigo está sob ameaça. Mas não é assim quando um estranho está sob ameaça," concluiu o pesquisador.
Para sentir a dor dos estranhos, parece então que a empatia não é suficiente, talvez devendo entrar em ação um sentimento mais poderoso: a compaixão.
Pesquisa-Diário de Saúde
http://www.diariodasaude.com.br

"Você e eu somos um" é bem mais do que poesia

Seu cérebro parece preparado para lhe ajudar a ter empatia.
Ou, ao contrário, a empatia parece ser uma emoção tão forte, que ela aparece claramente no cérebro.
Usando neuroimagens, cientistas descobriram que nosso cérebro usa os mesmos "canais" quando pensamos em nós mesmos e quando pensamos em pessoas que nos são caras, como cônjuges, companheiros e amigos.
"Com a familiaridade, outras pessoas se tornam parte de nós mesmos," diz James Coan da Universidade da Virgínia.
"Nosso self inclui as pessoas de quem nos sentimos próximos. Em outras palavras, a nossa autoidentidade é amplamente baseada em quem conhecemos e com quem simpatizamos," completou.
Você e eu somos um
Coan e seus colegas submeteram voluntários a exames de ressonância magnética de seus cérebros durante experimentos nos quais havia a ameaça de receber choques elétricos leves - os choques podiam ser dirigidos ao próprio voluntário, a um amigo ou a um estranho.
Como esperado, quando o risco de choque é para si mesmo, as regiões do cérebro responsáveis pela resposta à ameaça - a ínsula anterior, putâmen e giro supramarginal - tornaram-se ativas.
Quando a ameaça de choque era feita a um estranho, essas regiões do cérebro apresentaram pouca atividade.
Contudo, quando a ameaça de choque é feita a um amigo, a empatia entra em ação: a atividade cerebral dos participantes mostrou-se essencialmente idêntica à atividade apresentada quando a ameaça era a eles próprios.
"A correlação entre o self e o amigo foi incrivelmente semelhante," disse Coan. "Os resultados mostram a notável capacidade do cérebro de modelar o self aos outros; que as pessoas próximas de nós tornam-se uma parte de nós mesmos; e que isto não é apenas metáfora ou poesia, é algo muito real.
"Literalmente, estamos sob ameaça quando um amigo está sob ameaça. Mas não é assim quando um estranho está sob ameaça," concluiu o pesquisador.
Para sentir a dor dos estranhos, parece então que a empatia não é suficiente, talvez devendo entrar em ação um sentimento mais poderoso: a compaixão.
Pesquisa-Diário de Saúde
http://www.diariodasaude.com.br