quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É Possível aprender dormindo???



1-Aprender durante o sono

Crescem a cada dia as evidências de que é possível aprender durante o sono.
Apesar de desprezada por cientistas desde o advento da ciência moderna, a prática é bastante comum, com kits para aprender dormindo estando à venda desde o advento das vendas de kits.
Para surpresa geral, assim que alguns cientistas pioneiros tiveram a coragem de enfrentar os preconceitos dos seus colegas e pesquisar o tema, os resultados têm sido encorajadores - também para os vendedores de kits.
É possível aprender dormindo, dizem cientistas
Aprender música dormindo
Agora, James Antony e seus colegas da Universidade Northwestern (EUA) demonstraram o aprendizado durante o sono usando música.
Os participantes aprenderam duas melodias geradas por computador e, a seguir, tiraram um cochilo de uma hora e meia.
Durante o sono, os pesquisadores colocaram para tocar uma das melodias, mas não a outra.
O resultado foi inequívoco: depois de acordarem, os participantes sabiam bem a música que tocara durante o sono, mas mal se lembravam da outra.
Reforço do aprendizado
Usando um monitor de eletroencefalografia para registrar a atividade elétrica do cérebro dos dorminhocos, os pesquisadores se asseguraram que a música era tocada durante o chamado sono de ondas lentas, um estágio do sono ligado à sedimentação das memórias.
"Nós também constatamos que os sinais eletrofisiológicos durante o sono se correlacionam com a intensidade da melhoria da memória," disse o Dr. Antony.
Os pesquisadores ressaltam que seu estudo demonstrou que é possível sedimentar durante o sono algo que você já aprendeu antes. Por enquanto, eles não têm nada a dizer sobre "aprender do zero dormindo" - alguns kits prometem até ensinar outros idiomas durante o sono, sem precisar estudar!
Além de planejar estudar agora outros tipos de aprendizado - eles planejam fazer isto acordados - os cientistas afirmam que a técnica de processamento da memória durante o sono poderá ser usada para treinar habilidades motoras, hábitos e disposições comportamentais.


2-Aprender dormindo

Nós podemos aprender enquanto dormimos.
Isto graças a uma nova forma inconsciente de memória, da qual os cientistas agora coletaram os primeiros sinais inequívocos.
A existência dessa forma inconsciente de memória foi comprovada por pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan (EUA).
Os resultados são destaque no periódico científico Journal of Experimental Psychology.
Memória do sono
"Nós especulamos que podemos estar investigando uma forma separada da memória, diferente dos sistemas tradicionais de memória," disse Kimberly Fenn, coordenadora da pesquisa.
"Há evidências substanciais de que, durante o sono, o cérebro está processando informações sem o seu conhecimento, e essa habilidade pode contribuir para a memória em um estado de vigília," afirma.
No artigo, que analisou mais de 250 pessoas, Fenn e seu colega Zach Hambrick sugerem que as pessoas tiram proveito dessa capacidade de "memória do sono" de formas radicalmente diferentes.
Enquanto algumas pessoas experimentam melhoras dramáticas em sua memória depois de acordadas, outras não tiram proveito algum da memória do sono.
Ela acrescenta que a melhoria da memória foi observada na maioria das pessoas que participaram do experimento.
Reforço do aprendizado
Para os pesquisadores, esta habilidade é uma forma nova e previamente desconhecida de memória, capaz de reforçar o aprendizado sem ação consciente do indivíduo.
"Você e eu podemos ir para a cama ao mesmo tempo e ter a mesma quantidade de sono," disse Fenn, "mas, enquanto a sua memória pode aumentar substancialmente, pode não haver nenhuma mudança na minha."
Fenn acredita que a capacidade potencial dessa memória separada não é capturada por testes de inteligência e testes de aptidão tradicionais.
"Este é o primeiro passo para estudarmos se esse novo tipo potencial de memória está relacionado ou não com resultados como a aprendizagem em sala de aula", disse ela.
A pesquisadora aproveitou para reforçar a necessidade de uma boa noite de sono.
"Simplesmente melhorar o seu sono pode potencialmente melhorar seu desempenho na sala de aula", afirmou.

Leia mais sobre o assunto-

http://veja.abril.com.br/211107/p_098.shtml

http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2009/12/aprender-dormindo

http://super.abril.com.br/ciencia/sim-possivel-aprender-dormindo-552057.shtml


É Possível aprender dormindo???



1-Aprender durante o sono

Crescem a cada dia as evidências de que é possível aprender durante o sono.
Apesar de desprezada por cientistas desde o advento da ciência moderna, a prática é bastante comum, com kits para aprender dormindo estando à venda desde o advento das vendas de kits.
Para surpresa geral, assim que alguns cientistas pioneiros tiveram a coragem de enfrentar os preconceitos dos seus colegas e pesquisar o tema, os resultados têm sido encorajadores - também para os vendedores de kits.
É possível aprender dormindo, dizem cientistas
Aprender música dormindo
Agora, James Antony e seus colegas da Universidade Northwestern (EUA) demonstraram o aprendizado durante o sono usando música.
Os participantes aprenderam duas melodias geradas por computador e, a seguir, tiraram um cochilo de uma hora e meia.
Durante o sono, os pesquisadores colocaram para tocar uma das melodias, mas não a outra.
O resultado foi inequívoco: depois de acordarem, os participantes sabiam bem a música que tocara durante o sono, mas mal se lembravam da outra.
Reforço do aprendizado
Usando um monitor de eletroencefalografia para registrar a atividade elétrica do cérebro dos dorminhocos, os pesquisadores se asseguraram que a música era tocada durante o chamado sono de ondas lentas, um estágio do sono ligado à sedimentação das memórias.
"Nós também constatamos que os sinais eletrofisiológicos durante o sono se correlacionam com a intensidade da melhoria da memória," disse o Dr. Antony.
Os pesquisadores ressaltam que seu estudo demonstrou que é possível sedimentar durante o sono algo que você já aprendeu antes. Por enquanto, eles não têm nada a dizer sobre "aprender do zero dormindo" - alguns kits prometem até ensinar outros idiomas durante o sono, sem precisar estudar!
Além de planejar estudar agora outros tipos de aprendizado - eles planejam fazer isto acordados - os cientistas afirmam que a técnica de processamento da memória durante o sono poderá ser usada para treinar habilidades motoras, hábitos e disposições comportamentais.


2-Aprender dormindo

Nós podemos aprender enquanto dormimos.
Isto graças a uma nova forma inconsciente de memória, da qual os cientistas agora coletaram os primeiros sinais inequívocos.
A existência dessa forma inconsciente de memória foi comprovada por pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan (EUA).
Os resultados são destaque no periódico científico Journal of Experimental Psychology.
Memória do sono
"Nós especulamos que podemos estar investigando uma forma separada da memória, diferente dos sistemas tradicionais de memória," disse Kimberly Fenn, coordenadora da pesquisa.
"Há evidências substanciais de que, durante o sono, o cérebro está processando informações sem o seu conhecimento, e essa habilidade pode contribuir para a memória em um estado de vigília," afirma.
No artigo, que analisou mais de 250 pessoas, Fenn e seu colega Zach Hambrick sugerem que as pessoas tiram proveito dessa capacidade de "memória do sono" de formas radicalmente diferentes.
Enquanto algumas pessoas experimentam melhoras dramáticas em sua memória depois de acordadas, outras não tiram proveito algum da memória do sono.
Ela acrescenta que a melhoria da memória foi observada na maioria das pessoas que participaram do experimento.
Reforço do aprendizado
Para os pesquisadores, esta habilidade é uma forma nova e previamente desconhecida de memória, capaz de reforçar o aprendizado sem ação consciente do indivíduo.
"Você e eu podemos ir para a cama ao mesmo tempo e ter a mesma quantidade de sono," disse Fenn, "mas, enquanto a sua memória pode aumentar substancialmente, pode não haver nenhuma mudança na minha."
Fenn acredita que a capacidade potencial dessa memória separada não é capturada por testes de inteligência e testes de aptidão tradicionais.
"Este é o primeiro passo para estudarmos se esse novo tipo potencial de memória está relacionado ou não com resultados como a aprendizagem em sala de aula", disse ela.
A pesquisadora aproveitou para reforçar a necessidade de uma boa noite de sono.
"Simplesmente melhorar o seu sono pode potencialmente melhorar seu desempenho na sala de aula", afirmou.

Leia mais sobre o assunto-

http://veja.abril.com.br/211107/p_098.shtml

http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2009/12/aprender-dormindo

http://super.abril.com.br/ciencia/sim-possivel-aprender-dormindo-552057.shtml


domingo, 19 de agosto de 2012

Faxina no cérebro.

A estrutura em verde mostra
o fluido cerebroespinhal fluindo
em um canal
 do lado de fora de uma artéria

O cérebro possui seu próprio mecanismo de faxina, responsável por retirar material desnecessário, como células mortas.
A descoberta surpreendeu os cientistas, que até agora não tinham ideia sobre a existência desse complexo sistema de limpeza.
"Estamos esperançosos de que essa descoberta tenha implicações para muitas condições que envolvem o cérebro, como traumas cranianos, doença de Alzheimer, derrame e Parkinson," disse Dra. Maiken Nedergaard, da Universidade de Rochester (EUA).
Sistema glinfático
O sistema, altamente organizado, funciona como uma série de tubos que pegam carona nos vasos sanguíneos do cérebro.
É uma espécie de sistema de encanamento paralelo, que desempenha no cérebro a mesma função que o sistema linfático faz no resto do corpo - drenar dejetos e compostos em excesso.
"A retirada do lixo é de importância central para todos os órgãos, e há muito se tenta descobrir como é que o cérebro se livra dos seus dejetos," disse Nedergaard.
Ela e sua equipe batizaram o novo sistema de limpeza do cérebro de "sistema glinfático", já que ele funciona de forma parecida com o sistema linfático, mas é dirigido por células cerebrais chamadas células gliais.

*Difusão e convecção
Os cientistas já sabiam que o líquido cerebroespinhal - também chamado cefalorraquidiano ou líquor - desempenha um importante papel na limpeza do tecido cerebral, retirando os resíduos e fornecendo nutrientes para o tecido cerebral através de um processo conhecido como difusão.
O recém-descoberto sistema glinfático leva o líquido cerebroespinhal para todos os cantos do cérebro de forma muito mais eficiente, através do que os cientistas chamam de fluxo de massa ou de convecção.
"É como se o cérebro tivesse dois caminhões de lixo - um lento, que a gente já conhecia, e um rápido, que acabamos de conhecer," explicou a Dra Nedergaard. "Dada a alta taxa de metabolismo no cérebro, e sua incrível sensibilidade, não é de surpreender que os seus mecanismos para se livrar dos resíduos sejam mais especializados e maiores do que se acreditava anteriormente."

*Microscopia de dois fótons
Mas como um sistema tão importante conseguiu se esconder dos cientistas até agora?
Segundo a pesquisadora, isto ocorreu porque o sistema glinfático somente funciona quando está intacto e, obviamente, no cérebro vivo.
E só muito recentemente passou a ser possível observar diretamente o líquido cerebroespinhal fluindo no cérebro de um animal vivo.
A técnica utilizada chama-se microscopia de dois fótons, que permite aos cientistas acompanharem o fluxo do sangue, do líquido cérebro-espinhal e de outras substâncias, tudo em tempo real, circulando no cérebro de animais vivos.
Foi esta mesma técnica que permitiu recentemente que outros cientistas estudassem os efeitos cerebrais do comportamento:

Faxina no cérebro.

A estrutura em verde mostra
o fluido cerebroespinhal fluindo
em um canal
 do lado de fora de uma artéria

O cérebro possui seu próprio mecanismo de faxina, responsável por retirar material desnecessário, como células mortas.
A descoberta surpreendeu os cientistas, que até agora não tinham ideia sobre a existência desse complexo sistema de limpeza.
"Estamos esperançosos de que essa descoberta tenha implicações para muitas condições que envolvem o cérebro, como traumas cranianos, doença de Alzheimer, derrame e Parkinson," disse Dra. Maiken Nedergaard, da Universidade de Rochester (EUA).
Sistema glinfático
O sistema, altamente organizado, funciona como uma série de tubos que pegam carona nos vasos sanguíneos do cérebro.
É uma espécie de sistema de encanamento paralelo, que desempenha no cérebro a mesma função que o sistema linfático faz no resto do corpo - drenar dejetos e compostos em excesso.
"A retirada do lixo é de importância central para todos os órgãos, e há muito se tenta descobrir como é que o cérebro se livra dos seus dejetos," disse Nedergaard.
Ela e sua equipe batizaram o novo sistema de limpeza do cérebro de "sistema glinfático", já que ele funciona de forma parecida com o sistema linfático, mas é dirigido por células cerebrais chamadas células gliais.

*Difusão e convecção
Os cientistas já sabiam que o líquido cerebroespinhal - também chamado cefalorraquidiano ou líquor - desempenha um importante papel na limpeza do tecido cerebral, retirando os resíduos e fornecendo nutrientes para o tecido cerebral através de um processo conhecido como difusão.
O recém-descoberto sistema glinfático leva o líquido cerebroespinhal para todos os cantos do cérebro de forma muito mais eficiente, através do que os cientistas chamam de fluxo de massa ou de convecção.
"É como se o cérebro tivesse dois caminhões de lixo - um lento, que a gente já conhecia, e um rápido, que acabamos de conhecer," explicou a Dra Nedergaard. "Dada a alta taxa de metabolismo no cérebro, e sua incrível sensibilidade, não é de surpreender que os seus mecanismos para se livrar dos resíduos sejam mais especializados e maiores do que se acreditava anteriormente."

*Microscopia de dois fótons
Mas como um sistema tão importante conseguiu se esconder dos cientistas até agora?
Segundo a pesquisadora, isto ocorreu porque o sistema glinfático somente funciona quando está intacto e, obviamente, no cérebro vivo.
E só muito recentemente passou a ser possível observar diretamente o líquido cerebroespinhal fluindo no cérebro de um animal vivo.
A técnica utilizada chama-se microscopia de dois fótons, que permite aos cientistas acompanharem o fluxo do sangue, do líquido cérebro-espinhal e de outras substâncias, tudo em tempo real, circulando no cérebro de animais vivos.
Foi esta mesma técnica que permitiu recentemente que outros cientistas estudassem os efeitos cerebrais do comportamento:

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SONHOS LÚCIDOS CONSCIENTES...

As diferenças cerebrais entre os sonhadores comuns e os sonhadores lúcidos são bem marcantes, mas duram poucos segundos.


Sonhos conscientes
A busca pela sede da consciência no cérebro tem iludido cientistas há décadas.
O que se percebe é que, durante a vigília, estamos sempre conscientes de nós mesmos.
Durante o sono, ao contrário, não temos essa autopercepção.
Mas há um grupo de indivíduos, conhecidos como sonhadores lúcidos, que conseguem perceber que estão sonhando, e inclusive interferir nesses sonhos.
Agora, os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para descobrir o que acontece no cérebro dessas pessoas, em comparação com as demais, que sonham apenas o que seu inconsciente parece querer.
Autorreflexão
A equipe do Dr. Michael Czisch, do Instituto Max Planck (Alemanha), fez imagens do cérebro dos voluntários - alguns sonhadores lúcidos e outros não - usando tomografia de ressonância magnética.
Eles descobriram que a percepção do sonho ativa áreas específicas da rede cortical, incluindo o córtex prefrontal dorsolateral, as regiões frontopolares e o lóbulo quadrado (precuneus).
Todas essas regiões estão associadas com funções chamadas autorreflexivas, quando o indivíduo dá-se conta de si mesmo.
Mistérios da neurociência
A capacidade humana de autopercepção, autorreflexão e consciência estão entre os grandes mistérios não resolvidos da neurociência.
Mesmo com as modernas técnicas de imageamento médico, ainda é impossível visualizar totalmente o que se passa no cérebro quando as pessoas passam de um estado de consciência para um estado inconsciente.
O problema reside no fato de que é difícil monitorar o cérebro durante essa fase de transição.
Isto torna praticamente impossível delinear claramente a atividade do cérebro relativa especificamente à recuperação da autopercepção e da consciência, separando-a das atividades mais gerais do cérebro.
Sonhadores lúcidos
Essa é uma das razões pelas quais os cientistas vêm-se interessando cada vez mais pelos sonhadores lúcidos, pessoas que percebem que estão sonhando e interferem no sonho.
Os sonhadores lúcidos têm acesso às suas memórias durante o sonho, exercem sua vontade para mudar o andamento do sonho, e continuam com percepção total de si mesmos.
O estudo mostrou que a atividade cerebral entre os sonhadores normais e os sonhadores lúcidos não difere muito - as variações ocorrem em poucos segundos, eventualmente mostrando o quanto os sonhos são rápidos.


***Sonhos lúcidos podem permitir a leitura de sonhos
Redação do Diário da Saúde

Segundo os cientistas, pode ser possível interpretar o conteúdo de um sonho analisando os padrões da atividade cerebral da pessoa.[Imagem: Dresler et al./Cell]
Dormindo consciente
Quando as pessoas sonham que estão realizando uma ação em particular, uma parte do cérebro envolvida no planejamento e na execução de movimentos também é ativada.
A descoberta, feita monitorando o cérebro de sonhadores lúcidos enquanto eles dormiam, abre pela primeira vez uma janela para a chamada "consciência de não-vigília".
Segundo os pesquisadores, este é o primeiro passo para uma verdadeira e autêntica "leitura dos sonhos".
O estudo foi publicado hoje na revista científica Current Biology.
Sonho lúcido
"Sonhar não é apenas olhar para um filme do sonho," explica Martin Dresler do Instituto Max Planck, na Alemanha. "As áreas do cérebro que representam movimentos específicos do corpo são realmente ativadas."
Sonhadores lúcidos são pessoas que ficam conscientes de que estão sonhando, e conseguem deliberadamente controlar suas ações durante os sonhos.
Matéria de especulações esotéricas há milênios, o fenômeno do sonho lúcido foi desvendado pelo cientista Stephen LaBerge, nos anos 1980, que demonstrou que o sonho lúcido pode ser alcançado por treinamento.
Os pesquisadores perceberam que esta habilidade aprendida representa uma oportunidade para estudar as bases neurais dos sonhos.
"O principal obstáculo para estudar o conteúdo específico de um sonho é que a atividade espontânea do sonhar não pode ser experimentalmente controlada, uma vez que as pessoas normalmente não conseguem executar ações mentais pré-definidas durante o sono," explica Michael Czisch, coautor do estudo. "A habilidade do sonho lúcido pode ajudar a superar esses obstáculos."
Informações do sonho
Os pesquisadores instruíram os participantes a fazer uma série de movimentos das mãos esquerda e direita, intercalados com uma série de movimentos dos olhos, quando entrassem em um estado de sonho lúcido.
Enquanto isso, os pesquisadores usavam aparelhos para monitorar seus cérebros durante o sono.
Os movimentos dos olhos serviram como um sinal para os cientistas do que estava acontecendo no sonho.
O estudo mostrou, pela primeira vez, que a atividade neural observada no córtex sensório-motor pode ser relacionada com os movimentos sonhados da mão.
Leitura cerebral
A descoberta sugere que o sonho lúcido, em combinação com a neuroimagem e com a polissonografia (a forma mais comum de monitoramento do sono), pode permitir a transferência de tarefas de "leitura cerebral" mais sofisticadas para o estado de sonho, dizem os pesquisadores.
Em outras palavras, pode ser possível interpretar o conteúdo sonhado analisando os padrões da atividade cerebral da pessoa.
Dresler afirma que também será interessante investigar a atividade cerebral no momento em que um sonhador começa a ter um sonho lúcido.
"O sonhador lúcido tem insights em um estado muito complexo: dormindo, sonhando, mas estando consciente do estado de sonho," disse ele. "Isso pode nos dizer muito sobre os conceitos de consciência."



As diferenças cerebrais entre os sonhadores
 comuns e os sonhadores lúcidos
 são bem marcantes, mas duram poucos segundos.

SONHOS LÚCIDOS CONSCIENTES...

As diferenças cerebrais entre os sonhadores comuns e os sonhadores lúcidos são bem marcantes, mas duram poucos segundos.


Sonhos conscientes
A busca pela sede da consciência no cérebro tem iludido cientistas há décadas.
O que se percebe é que, durante a vigília, estamos sempre conscientes de nós mesmos.
Durante o sono, ao contrário, não temos essa autopercepção.
Mas há um grupo de indivíduos, conhecidos como sonhadores lúcidos, que conseguem perceber que estão sonhando, e inclusive interferir nesses sonhos.
Agora, os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para descobrir o que acontece no cérebro dessas pessoas, em comparação com as demais, que sonham apenas o que seu inconsciente parece querer.
Autorreflexão
A equipe do Dr. Michael Czisch, do Instituto Max Planck (Alemanha), fez imagens do cérebro dos voluntários - alguns sonhadores lúcidos e outros não - usando tomografia de ressonância magnética.
Eles descobriram que a percepção do sonho ativa áreas específicas da rede cortical, incluindo o córtex prefrontal dorsolateral, as regiões frontopolares e o lóbulo quadrado (precuneus).
Todas essas regiões estão associadas com funções chamadas autorreflexivas, quando o indivíduo dá-se conta de si mesmo.
Mistérios da neurociência
A capacidade humana de autopercepção, autorreflexão e consciência estão entre os grandes mistérios não resolvidos da neurociência.
Mesmo com as modernas técnicas de imageamento médico, ainda é impossível visualizar totalmente o que se passa no cérebro quando as pessoas passam de um estado de consciência para um estado inconsciente.
O problema reside no fato de que é difícil monitorar o cérebro durante essa fase de transição.
Isto torna praticamente impossível delinear claramente a atividade do cérebro relativa especificamente à recuperação da autopercepção e da consciência, separando-a das atividades mais gerais do cérebro.
Sonhadores lúcidos
Essa é uma das razões pelas quais os cientistas vêm-se interessando cada vez mais pelos sonhadores lúcidos, pessoas que percebem que estão sonhando e interferem no sonho.
Os sonhadores lúcidos têm acesso às suas memórias durante o sonho, exercem sua vontade para mudar o andamento do sonho, e continuam com percepção total de si mesmos.
O estudo mostrou que a atividade cerebral entre os sonhadores normais e os sonhadores lúcidos não difere muito - as variações ocorrem em poucos segundos, eventualmente mostrando o quanto os sonhos são rápidos.


***Sonhos lúcidos podem permitir a leitura de sonhos
Redação do Diário da Saúde

Segundo os cientistas, pode ser possível interpretar o conteúdo de um sonho analisando os padrões da atividade cerebral da pessoa.[Imagem: Dresler et al./Cell]
Dormindo consciente
Quando as pessoas sonham que estão realizando uma ação em particular, uma parte do cérebro envolvida no planejamento e na execução de movimentos também é ativada.
A descoberta, feita monitorando o cérebro de sonhadores lúcidos enquanto eles dormiam, abre pela primeira vez uma janela para a chamada "consciência de não-vigília".
Segundo os pesquisadores, este é o primeiro passo para uma verdadeira e autêntica "leitura dos sonhos".
O estudo foi publicado hoje na revista científica Current Biology.
Sonho lúcido
"Sonhar não é apenas olhar para um filme do sonho," explica Martin Dresler do Instituto Max Planck, na Alemanha. "As áreas do cérebro que representam movimentos específicos do corpo são realmente ativadas."
Sonhadores lúcidos são pessoas que ficam conscientes de que estão sonhando, e conseguem deliberadamente controlar suas ações durante os sonhos.
Matéria de especulações esotéricas há milênios, o fenômeno do sonho lúcido foi desvendado pelo cientista Stephen LaBerge, nos anos 1980, que demonstrou que o sonho lúcido pode ser alcançado por treinamento.
Os pesquisadores perceberam que esta habilidade aprendida representa uma oportunidade para estudar as bases neurais dos sonhos.
"O principal obstáculo para estudar o conteúdo específico de um sonho é que a atividade espontânea do sonhar não pode ser experimentalmente controlada, uma vez que as pessoas normalmente não conseguem executar ações mentais pré-definidas durante o sono," explica Michael Czisch, coautor do estudo. "A habilidade do sonho lúcido pode ajudar a superar esses obstáculos."
Informações do sonho
Os pesquisadores instruíram os participantes a fazer uma série de movimentos das mãos esquerda e direita, intercalados com uma série de movimentos dos olhos, quando entrassem em um estado de sonho lúcido.
Enquanto isso, os pesquisadores usavam aparelhos para monitorar seus cérebros durante o sono.
Os movimentos dos olhos serviram como um sinal para os cientistas do que estava acontecendo no sonho.
O estudo mostrou, pela primeira vez, que a atividade neural observada no córtex sensório-motor pode ser relacionada com os movimentos sonhados da mão.
Leitura cerebral
A descoberta sugere que o sonho lúcido, em combinação com a neuroimagem e com a polissonografia (a forma mais comum de monitoramento do sono), pode permitir a transferência de tarefas de "leitura cerebral" mais sofisticadas para o estado de sonho, dizem os pesquisadores.
Em outras palavras, pode ser possível interpretar o conteúdo sonhado analisando os padrões da atividade cerebral da pessoa.
Dresler afirma que também será interessante investigar a atividade cerebral no momento em que um sonhador começa a ter um sonho lúcido.
"O sonhador lúcido tem insights em um estado muito complexo: dormindo, sonhando, mas estando consciente do estado de sonho," disse ele. "Isso pode nos dizer muito sobre os conceitos de consciência."



As diferenças cerebrais entre os sonhadores
 comuns e os sonhadores lúcidos
 são bem marcantes, mas duram poucos segundos.