sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Astronomia gera conhecimento para combater o câncer.


Redação do Diário da Saúde

Os elétrons ejetados pelos átomos de ouro e platina criam um gás eletricamente carregado, ou plasma, extremamente localizado, mas capaz de matar as células dos tumores. [Imagem: Sultana Nahar]

Poeira de estrelas
Pesquisas feitas por astrônomos sobre os corpos celestes estão tendo um impacto direto sobre os corpos humanos.
Os astrônomos da Universidade do Estado de Ohio (EUA) estão trabalhando com físicos-médicos, radioterapeutas e oncologistas para desenvolver um novo tratamento de radioterapia.
A nova terapia de radiação será mais agressiva contra os tumores e mais suave com os tecidos saudáveis ao seu redor.
Radiação das estrelas
Ao estudar como os elementos químicos emitem e absorvem a radiação no interior das estrelas e em torno dos buracos negros, os astrônomos descobriram que os metais pesados, como o ferro, emitem elétrons de baixa energia quando expostos a raios X com energias específicas.
Essa descoberta levanta a possibilidade de que os médicos usem implantes feitos de certos elementos pesados para destruir tumores com elétrons de baixa energia, expondo o tecido saudável a um nível de radiação muito menor do que é possível hoje.
Implantes semelhantes também poderão melhorar o diagnóstico médico por imagens do interior do corpo humano.
Plasma
Sultana Nahar e seus colegas estão trabalhando com os elementos ouro e platina para construir um dispositivo que gera os raios X em frequências-chave.
Seus dados indicam que um único átomo de ouro ou platina atingido por uma pequena dose de raios X em uma estreita faixa de frequências - equivalente a cerca de um décimo do amplo espectro de frequências da radiação de raios X - produz um fluxo de mais de 20 elétrons de baixa energia.
Esses elétrons ejetados pelos átomos de ouro e platina criam um gás eletricamente carregado, ou plasma, extremamente localizado, mas capaz de matar as células dos tumores.
Esses átomos metálicos seriam inseridos nos tumores na forma de nanopartículas, que hoje já estão sendo testadas para levar drogas até os tumores.
Astroterapia
"Como astrônomos, aplicamos física e química básicas para compreender o que está acontecendo nas estrelas. Estamos muito animados em aplicar o mesmo conhecimento para tratar o câncer," disse Nahar.
Segundo a pesquisadora, o uso da radiação na Medicina está bastante indiscriminado hoje, não tendo havido qualquer avanço fundamental na produção de raios X desde a invenção do tubo de raios X por Roentgen, em 1890.
A equipe batizou o novo conceito de RNPT (Resonant Nano-Plasma Theranostics) - Teranóstico por Nano-Plasma Ressonante - teranóstico é uma junção de terapia e diagnóstico.

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